quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Oficinas capacitam egressos do sistema prisional

Ação faz parte da parceria com o projeto Começar de Novo, do Tribunal de Justiça da Bahia
Carlos Baumgarten
 
Salvador – A partir do mês de setembro, egressos do sistema prisional da Bahia atendidos pelo projeto Começar de Novo, do Tribunal de Justiça da Bahia, poderão participar das Oficinas SEI (Sebrae Empreendedor Individual). Serão oferecidas seis das sete soluções disponibilizadas pelo programa. A primeira será a SEI Empreender, no dia 3 de setembro.
A informação foi divulgada nessa quinta-feira (23) em uma reunião entre representantes do Sebrae na Bahia, Tribunal e Fundação Dom Avelar, que também participa da parceria. O evento teve como objetivo retomar as atividades do projeto Começar de Novo e sensibilizar os ex-presos para aproveitar a oportunidade de recomeçar através do empreendedorismo. Na ocasião, o consultor do Sebrae na Bahia, Jesiel Borges, falou sobre os benefícios da formalização como microempreendedor individual (MEI). A plateia pôde esclarecer dúvidas e conhecer a atuação do Sebrae no processo de orientação empresarial.

Um dos egressos presentes no evento trabalha há um ano e quatro meses com a fabricação de artefatos em madeira. Desde o início do negócio, ele resolveu se formalizar como MEI e garante que vai continuar se capacitando. “O conhecimento só vai trazer benefícios para todos nós”, disse. O empreendedor também tem planos para o futuro. “Quero abrir uma marcenaria. Creio que com os cursos que vou fazer poderei, aos pouquinhos, tornar esse projeto realidade”, complementou.


Idimara Dantas, gestora do projeto Inclusão Produtiva do Sebrae na Bahia, ao qual o Começar de Novo está vinculado, destacou a importância das ações desenvolvidas. “Nós acreditamos no empreendedorismo e queremos contribuir para que os egressos do sistema prisional possam entrar no mercado com qualificação, conhecimento e apoio para o desenvolvimento de novos negócios”. O integrante do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça (GMF), Jorge Trindade, afirmou que o órgão já possui parcerias com empresas que oferecem empregos a ex-detentos, porém a demanda tem aumentado bastante. “Com esse crescimento, entendemos que o empreendedorismo é o melhor caminho para que esses egressos possam ser incluídos socialmente e gerar renda para eles mesmos e suas famílias”, pontuou.

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